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Pesquisa aponta que intoxicação por plantas domésticas cresce entre crianças
Plantas ornamentais e medicinais, presentes em quintais e dentro de casa, estão entre as principais causas de intoxicação infantil no Brasil. A constatação é de um levantamento realizado por estudantes do curso de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Bragança.
Os acadêmicos cruzaram dados do Programa Nacional de Informação sobre Plantas Tóxicas, integrado ao Sistema Nacional de Informações Toxicológicas e Farmacológicas (SINITOX) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), que registraram 8.715 casos de intoxicação entre os anos de 2014 e 2023 em todo o país.
Pela pesquisa, o dado mais preocupante é o perfil das vítimas: metade dos casos de intoxicação (50,1%) ocorreu em crianças de até 9 anos de idade, sendo que a faixa entre 1 e 4 anos responde por 32,4% das intoxicações. “É uma situação típica de acidentes domésticos. Crianças têm curiosidade natural e acabam ingerindo folhas, frutos ou flores dentro de casa, e isso ocorre sem que os pais percebam”, explica Diandra Luz, professora da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Bragança e orientadora da pesquisa.
A erva campeã dos registros de intoxicação é a popular comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia seguine), muito usada no tradicional banho de cheiro dos paraenses. Ela é responsável por 17,8% dos casos registrados. Outras espécies associadas às intoxicações foram tabaco (Nicotiana tabacum), aveloz (Euphorbia tirucalli), urtiga (Urtica dioica) e buchinha-do-norte (Luffa operculata).
A pesquisa acadêmica identificou que a maioria das intoxicações aconteceu dentro de casa (65,3%), seguida pelo ambiente de trabalho (12,8%). O caráter acidental foi predominante (65,1%).
Apesar da gravidade dos casos, o estudo mostra que a maioria das vítimas se recupera sem sequelas (86,2%). Houve, no entanto, 22 mortes confirmadas no período.
O estudante de Medicina da Afya, Guilherme Martins Gomes Fontoura, do 7º semestre, integra a equipe de pesquisa sobre intoxicação por plantas ornamentais e medicinais. Ele conta que o trabalho quer alertar a população para a escolha correta de plantas levadas para dentro das residências. “A presença de plantas ornamentais e medicinais vai além da estética. Elas fazem parte da nossa tradição e cultura, especialmente aqui na Amazônia, onde o uso popular é muito frequente. Mas essa prática, quando realizada sem orientação científica, pode expor a população a sérios riscos, principalmente crianças e idosos, mais vulneráveis a intoxicações”, explica.
O acadêmico destaca que muitas espécies possuem propriedades farmacológicas reconhecidas e podem ser utilizadas de forma segura como fitoterápicos. No entanto, o consumo inadequado de outras, em forma de chás, infusões ou até mesmo no uso culinário, pode provocar efeitos tóxicos graves.
Para o estudante, a participação na pesquisa reforça a importante conexão entre a universidade, ciência e comunidade. “Pesquisas como esta contribuem diretamente para a redução de agravos à saúde e para a promoção de práticas mais seguras no cotidiano da população. É um privilégio participar de um projeto que alia ciência, cultura e responsabilidade social”, completa Guilherme.
Afya Amazônia
A Afya tem uma forte relação com a Amazônia, com 16 unidades de graduação e pós-graduação na Região Norte. O estado do Pará é o responsável pela maior operação, com instituições em Marabá, Redenção, Abaetetuba e Bragança. Tem ainda oito escolas de Medicina em outros estados da Região: Amazonas (2), Acre (1), Rondônia (2) e Tocantins (3). Além delas, a Afya também está presente na região com quatro unidades de pós-graduação médica nas capitais Belém (PA), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Palmas (TO).
Mais sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br




