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CULTURA

Artista e empreendedor periférico do Jurunas GC Arte representa o Pará em SP

Entre os dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2024, o artista GC Arte vai representar o Pará e a Amazônia na Expo Favela nacional em São Paulo

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Artista e empreendedor paraense da periferia do bairro do Jurunas em Belém, GC Arte, vai levar a arte e o futuro amazônico para a edição nacional da Expo Favela Innovation que vai ser realizada nos dias 6, 7 e 8 de dezembro de 2024 na cidade de São Paulo, com destaque para os talentos Gabriel Cardoso (GC), que ficou no Top 10 dentre dezenas de empreendedores que participaram da edição regional da Expo Favela.

“Me inscrevi no Expo Favela 2024, com indicação da minha sócia Thay Petit, e passei basicamente uma semana sem dormir, para dar o meu máximo. Aprender a empreender e a apresentar meu projeto, fomos avaliados nos dois dias, com muito cuidado. Após eu sair da última avaliação, onde fui avaliado por 5 pessoas, eu vibrei, porque eu tinha ido lá pra isso, para mostrar meu trabalho e tudo que tenho feito por ele e por meus parceiros artistas. Às 22h, da sexta feira, fui anunciado como um dos top 10 Expo Favela.  A primeira coisa que eu fiz, mesmo no palco, foi mandar um áudio pra minha mãe, chorando e dizendo: mãe, eu consegui, eu virei mais uma chave, eu vou pra São Paulo com meu trabalho”, comenda GC sobre a surpresa ao ser anunciado como o Top10 entre dezenas de expositores regionais.

GC Arte carrega em si a proposta de arte conectada com o regionalismo, a ancestralidade, futuro e as encantarias que preenchem a rica cultura feita há séculos na Amazônia e que agora ganha destaque vindo das periferias de Belém do Pará até chegarem na cidade global de São Paulo, de visibilidade global, expandindo experiências e trocas culturais do Pará com o mundo.

O jurunense Gabriel Cardoso, conhecido pelo pseudônimo artístico “GC Arte”, é natural das periferias de Belém do Pará, artista autodidata, tornou-se educador em 2015 ao lecionar em anexos da Fundação Cultural do Pará. No ano de 2017 resolveu criar sua galeria digital nas redes sociais com o endereço “@gc_arte”, com uma mistura de técnicas que foram lapidadas ao longo dos anos.

De modo a fazer um retorno ao início da sua carreira, GC recorda dos dias difíceis nos quais a arte o salvou: “Eu sei muito bem o que é racismo ambiental e estrutural, no ano passado eu perdi o meu antigo quarto na casa dos meus pais devido às fortes chuvas, e na época eu não tinha condições de fazer uma reforma, o quarto foi destruído, e eu quase fui morar na rua. Passei um ano nessa situação. De ficar sem casa. Não tinha onde morar e nem um lugar confortável pra dormir. Todos os dias, acordava com sangue nos olhos, lutando contra a depressão e a vontade de desistir de tudo. Eu sempre dizia a mim mesmo, ou faz o que tem que ser feito ou acabou aqui. E com essa raiva de estar em uma condição precária, eu busquei fazer o meu melhor, que era, criar arte. Foi através do meu trabalho que eu me reergui, em agosto de 2023 eu não tinha casa, em 1 de agosto desse ano, eu estava morando de aluguel, ainda no Jurunas, mas em um lugar muito mais aconchegante e confortável”.

No ano de 2020, o artista foi premiado no edital “Festival de Aquieta em Casa”, da Secult, e no mesmo período se lançou no segmento da arte digital, ao criar retratos e ilustrações com uma pegada afrofuturista, tudo feito no seu próprio celular, temática que desenvolve até hoje e com uma evolução marcante dentro do amazofuturismo.

Sua primeira experiência internacional ocorreu em participação no Evento Internacional Online Afrofuturalidades- Afrofuturismo Brasileiro” em 2022. “Então esse é um enorme passo pra mim e pro meu projeto Afrofuturismo Amazônico, que pretendo não só levar pra São Paulo, mas sim pro mundo todo!”, finaliza o artista empreendedor representante do Pará no evento Nacional.

Cronologia de trabalhos apresentados

  • 2017:

Iniciou sua carreira com a galeria digital @gc_arte no Instagram.

  • 2019:

Estreou na exposição coletiva “Corpos Negros”.

  • 2020:

Foi premiado no edital “Festival Te Aquieta em Casa”.

  • 2021:

Lançou sua primeira exposição solo, “Futuro Preto”, premiada pela Lei Aldir Blanc.

  • 2022:

Participou do evento internacional “Afrofuturalidades – Afrofuturismo Brasileiro”.

Foi um dos artistas convidados na XIX MOAV.

Criou “Afropink” para o desfile da BSAM Brasil no “BRIFW SP”.

  • 2023:

Apresentou “Indestiny: Amazofuturismo Paraense” na Bienal das Amazônias.

Participou de exposições internacionais como “The Democracy Project” (NY) e “Afro-Remix 2.0”.

  • 2024:

Lançou “Afrofuturismo Amazônico” no Espaço Mokae.

Teve a obra “Kurupira” exibida no MABE como parte da mostra “Levantes Amazônicos”.

Participa do 41º Arte Pará.

Recebeu o prêmio de mérito no “XPPen Global Drawing Contest”.

Exibiu “Yasuke Cyber Samurai” no “Festival Amazônia Mapping”.

Apresentou a obra “Diáspora Africana” no “Ar livre em cartaz – exposição coletiva cine paredão” na “Associação Fotoativa”.

Lançou a série “Afrofuturismo Amazônico Technopunk” na Galeria Azimute.

Serviço: GC Arte representa o estado do Pará na edição nacional da Expo Favela Innovation nos dias 6, 7 e 8 de dezembro na cidade de São Paulo.

Redes sociais do artista:

Instagram: https://www.instagram.com/gc_arte/

Portfólio: https://www.behance.net/gallery/212967783/PORTFOLIO-ARTISTICO?share=1

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