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EVENTOS

Lançamento Vivências do carimbó

Websérie percorre municípios paraenses para entrevistar professores e mestres de carimbó
que fazem do ritmo uma ferramenta de ensino-aprendizagem no Pará.

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Parte da equipe da websérie com os mestres Roxinho e César do Regatão, durante as gravações em Soure, no Marajó.

Com o desejo de evidenciar o carimbó como ferramenta pedagógica de ensino, promover maior valorização do ritmo e realizar o intercâmbio entre saberes populares e acadêmicos foi realizada a websérie documental “Vivências do Carimbó”, que será lançada no dia 24 de abril no youtube. Foram percorridas diversas localidades paraenses para entrevistar mestras e mestres de carimbó, professores da rede pública de ensino e fazedores do ritmo. “Buscamos promover o diálogo entre as áreas da educação, cultura e salvaguarda do carimbó. Entrevistamos e acompanhamos um pouco da rotina de educadores e carimbozeiros, fazendo uma ligação entre áreas que normalmente vemos muito afastadas: a educação da sala de aula e a cultura popular, presente nas ruas, nos grupos e rodas de carimbó”, afirma Priscila Cobra, idealizadora e co-diretora da websérie e Mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará.

Em 2014 o carimbó foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e está presente em pelo menos 100 municípios do Pará. Em suas letras, o carimbó traz ensinamentos de populações tradicionais quilombolas, ribeirinhas e indígenas, e revela saberes de uma realidade socioambiental e cultural que preza pela valorização de culturas ancestrais, respeito e conservação da natureza. “Mas o carimbó também traz o ambiente urbano e a realidade do asfalto. Com as gravações, vivenciamos aspectos dessa cultura e como ela pode ser ensinada e utilizada como ferramenta para educação em sala de aula”, afirma Marcos Corrêa, co-diretor da websérie. Para promover interação entre a área da cultura e da educação com foco na tríade Ensino-Pesquisa-Extensão, a websérie foi dividida em três episódios: no primeiro são apresentados os fazedores de carimbó de Icoaraci, no segundo episódio foram ouvidos professores e mestres de carimbó de Soure, no Marajó; já o terceiro episódio conta com entrevistados da Região Metropolitana de Belém. Uma das entrevistadas foi Solange Ramirez, professora da rede pública de ensino em Soure, no Marajó, e representante do Grupo de Carimbó Marafênix. Segundo Solange, a sociedade tem muito a ganhar ao aproximar a vivência do carimbó da sala de aula: “Essa interação de saberes estimula a inovação das práticas de ensino, porque o carimbó valoriza a cultura e os saberes tradicionais e tem uma natureza diversa: aborda desde a cultura, quanto o meio ambiente, a alimentação e a biodiversidade. Por isso, utilizar esses saberes dentro da sala de aula, nos leva à possibilidade de ensinar aos mais jovens essa cultura, e também valorizar essa manifestação cultural tão rica do nosso Estado, que é o carimbó”.

A série foi realizada por meio do Programa de Extensão Coroatá do Campus do Marajó da Universidade Federal do Pará e contou com financiamento via emenda parlamentar do então Deputado Federal Edmilson Rodrigues. O professor e poeta Ailton Favacho acredita que o carimbó possa promover maior interação entre a vivência da comunidade acadêmica com os mestres de cultura e grupos de carimbó: “Eu sou professor de Língua Portuguesa e já houve vezes que eu levei o Mestre Dikinho, aqui do Marajó, para a sala de aula; ele cantou alguns carimbós e a partir disso eu fiz análises textuais, então a grande importância do carimbó é porque ele pode ser uma ferramenta pedagógica muito atraente, isso faz com que o aluno se interesse pela aula e pela cultura dele mesmo”. As entrevistas foram conduzidas por Priscila Cobra, carimbozeira do Distrito de Icoaraci: “Aprendemos muito com essas entrevistas. Vamos mostrar na websérie que carimbó não é apenas um ritmo. É um estilo de vida, uma raiz ancestral da nossa Amazônia indígena e negra: dos nossos rios, da floresta e também do asfalto, do ambiente urbano. E vamos mostrar ao público também como o carimbó é uma forma de resistência secular que pode ser uma ferramenta muito útil para o ensino dentro e fora da sala de aula”.

A Web-série contará com pré-lançamendo no próximo domingo, dia 23 de abril no Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci. Será exibido o primeiro episódio da série e haverá a tradicional roda de carimbó, com a presença do Mestres e Mestras que participaram das gravações.

Serviço:

Pré lançamento websérie Vivências do Carimbó:
Domingo, 23 de abril a partir das 19 horas no Espaço Cultural Coisas de Negro: Av Dr Lopo de Castro, 1081. Icoaraci. Exibição do 1o episódio da série e roda de carimbó.

Teaser Vivências do Carimbó:
https://www.youtube.com/watch?v=8IF1S3sli3o

Lançamento da websérie Vivências do Carimbó:
Segunda-feira, dia 24 de abril, às 10h da manhã no youtube
https://www.youtube.com/@Priscila_Cobra

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