COLUNA - PARÁ EDUCANDO
Escola e Família: a geração de educadores
O caminho de uma vida repleta de mudanças e transformações que obrigam a humanidade rever seu papel e suas prioridades ao trilhar do primeiro século de um novo milênio, nos remete a importantes reflexões, como a família e a educação de crianças, adolescentes e jovens.
Ao contrastar diferentes perfis geracionais, que vão desde a geração Baby Boomer, nascidos no fim da década de 1940, período pós-Segunda Guerra Mundial, a meados de 1960, e as gerações X, Y e Z, até a geração Alfa, ou seja, os nossos mais recentes, crianças e adolescentes nascidos a partir de 2010, para falar de Educação, nos deparamos com ambiências que acolhem todas essas gerações, como a familiar e a escolar.
Diferentes pensamentos e modos de vida se misturam e se confrontam entre gerações que envelhecem com seus princípios e valores, os quais consideram irrevogáveis, e novas gerações que trazem consigo as possibilidades e tolerâncias ao novo e ao possível, mas também, um cabedal de vulnerabilidades causadas pela ausência das orientações e atenção devidas, dispensadas pelos responsáveis que, geralmente, necessitam trabalhar e não conseguem equilibrar a vida profissional e a vida pessoal, deixando à mercê sua função precípua, que é a de educar e orientar os filhos, e deposita na escola essa tarefa fundamental para o desenvolvimento pleno dessas gerações de jovens.
Essa dicotomia é evidente no espaço escolar, ambiente de impacto transformador de vidas, uma vez que o ato educativo provoca a construção de saberes para além dos científicos, alcançando a esfera da formação integral do educando, rica nas diversidades e aprendizagens, como o alcance do respeito às diferenças e a luta para que elas se efetivem na sociedade. Na escola, o choque entre gerações é uma realidade. É muito necessário compreender que os tempos mudaram e a “geração Coca-Cola”, os educadores, carece, minimamente, compreender os “tiktokers”, os nativos digitais, os alunos, a fim de somar esforços para abarcar o sucesso nas relações interpessoais para o êxito na aprendizagem.
Para isso, a geração dos pais, avós e demais responsáveis pelos aprendentes, necessita vislumbrar, apreender e assumir seu relevante papel de formador-orientador em família, como referência de vida e responsabilidade para com essas crianças, adolescentes e jovens. Muitos julgam ser de responsabilidade da escola o ato de educar, em seu mais amplo sentido. Todavia, sabe-se que a escola tem sim, a função de educar, mas no sentido formal, e cabe aos familiares e responsáveis a orientação social e de vida àqueles, os quais estão em sua égide.
A educação deve ser uma ação mútua, parceira e contínua entre família e escola, a fim de garantir e alcançar o pleno desenvolvimento desses alunos. E a valorização das experiências de cada geração, só tem a contribuir com a formação social, acadêmica e histórico-cultural deles. Uma escola que tem como par os responsáveis pelos alunos e vice-versa, tende a alcançar em níveis máximos o seu maior objetivo, a formação de uma geração empreendedora, solidária, consciente de suas competências, equilibrada, empática e visionária. Nessa jornada, quanto mais gente, mais cuidado e melhores resultados. Educação é o maior investimento na vida do ser humano e, só educa, de fato, quem ama. Escola ama o que faz e família deve amar o que fez e faz, seus frutos, a sua descendência, as suas futuras gerações.
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