COLUNA - PARÁ EDUCANDO
Eu, Professor
O ato de educar é, em sua essência, conduzir ao saber, numa perspectiva de perpetuar conhecimentos e culturas na formação histórico-social do ser humano. Esse ato, na educação formal, é mediado pelo professor que, na interação com seus alunos, os apresenta uma vastidão de saberes, nas suas mais possíveis dimensões e perspectivas, a fim de que desenvolvam competências, como senso crítico, cosmovisão, conhecimento científico, valores e respeito às diversidades, à pluralidade de vidas e consciência da importância das relações humanas com o meio ambiente.
Ser professor não é uma tarefa fácil. Referência pessoal e profissional, formador de opinião e agente de ação e transformação de vidas, ele necessita estar em constante aperfeiçoamento para garantir, assim, o processo de ensino-aprendizagem de forma bem-sucedida, dentro daquilo que se propõe, para além do componente curricular, o qual ele é o responsável.
A relevância do aprimoramento científico para os professores inicia a partir do momento em que há compreensão de que, somos seres em constante evolução e construção de conhecimento e, essa característica peculiar ao ser humano, nos provoca a incessante busca por novos saberes. Eis a real motivação pela melhoria do processo de ensino e aprendizagem, vivemos em tempos diferentes, com uma geração de alunos diferenciados, os quais o maior desafio é dispor de metodologias ativas para garantir a inovação no ato de educar.
Dentre as possibilidades de formação continuada, o Ministério da Educação – MEC e algumas Instituições Públicas de Educação Superior – IPES, ofertam aos professores, formações continuadas em níveis de extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação lato sensu, nas modalidades presencial e à distância, sem esquecer que, as redes públicas e privadas de ensino também investem nessas formações aos seus docentes, principalmente, após a pandemia da Covid-19, que obrigou significativa parte de docentes a deixar para trás a aula convencional e partir para o entendimento e execução do ensino remoto e do ensino híbrido, que exige a maior compreensão e habilidades com as novas tecnologias digitais, também, usadas para o âmbito educacional.
Ser professor não é profissão. Ser professor é missão, de formar sujeitos para uma sociedade melhor em seus aspectos de ética, justiça, inclusão, igualdade, respeito, tolerância, em busca de uma cultura social de paz e de desenvolvimento humano. Ser educador é se compreender como formador e aluno, ao mesmo tempo, uma vez que, para ensinar, é necessário, antes, aprender, e ao ensinar, a aprendizagem passa a ser mútua na construção de pensamentos, atitudes, sensibilidades e consciência de vida. Aprender a aprender nos torna mais sábios e humildes e, de fato, só consegue ensinar com louvor, aquele que se permite aprender. Esse sim, é o verdadeiro educador.
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