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Carimbó do Pôr do Sol recebe Cobra Venenosa com o show “Nova era” no Espaço Cultural na Maré

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Foto: Reprodução | Fonte: Correio Paraense

Nessa sexta-feira, 09 de Setembro, o projeto “Carimbó do Pôr do Sol”, que acontece todas às sextas com o intuito de fortalecer, expandir e disseminar o ritmo do Carimbó, recebe o grupo regional COBRA VENENOSA, que tem à frente a cantora, atriz e comunicóloga Priscila Duque, que agora lança o trabalho “Nova Era”, produzido também em disco em vinil. O projeto Carimbó do Pôr do Sol acontece desde o mês de Junho e vem trabalhando para manutenção e salvaguarda de uma herança de nossas raízes culturais africanas e indígenas.

O grupo Regional Cobra Venenosa anuncia, através do “Nova Era”, que se ser mulher livre é pecado, estamos com o pecado nas mãos e vamos vibrar tambores, balançar maracas, rodopiar nas giras, e entregar essa maçã suculenta a todas as mulheres e “todes corpas” e corpos que querem transbordar de amor. Também é um anúncio de que nosso chão sagrado e ancestral, a Amazônia, é território de coragem e verdade!

“Carimbó nunca foi “apenas” música. Carimbó é resistência, amor, poesia, vida, coletividade, reinvenção, força, ancestralidade, respeito à natureza. É ar fluido que oxigena a liberdade. É maré que balança as águas. Carimbó é encontro. Carimbó é nosso anúncio de uma nova era. Aquela que não vamos esperar chegar, mas sim, a que estamos fazendo acontecer, com carimbó pau & corda, difundindo o carimbó às novas gerações, fortalecendo a troca entre as gerações do carimbó com a vivência com mestres e mestras, potencializando o trabalho de jovens (mulheres e homens cis e trans, mães e estudantes), em sua maioria negrxs e periféricxs que reinventam a realidade à sua volta com Cultura Popular e Resistência artística, consolidando uma cena nova de carimbó urbano. Morda a maçã e entre numa nova era”, afirma Priscila Duque.

Para Lorena Saavedra, idealizadora do projeto “Carimbó do Pôr do Sol”, diz que receber o Cobra Venenosa é mostrar essa nova versão do carimbó que é feito com o cuidado da manutenção e respeito pela nossa história ancestral. “Desde a primeira vez que eu vi o trabalho da Priscila Duque, me identifiquei na hora! Me tocou no profundo sentir de ser mulher da Amazônia, e eu estou bastante ansiosa pra esse show.”

O Carimbó Cobra Venenosa, possui 6 anos de atuação, um CD com 13 faixas gravado em 2018 e lançado em 2019. Já realizou turnês independentes e shows fora do estado (Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Bahia), também alcançou repercussão nacional e internacional com trabalhos envolvendo carimbó e audiovisual, exibidos em três continentes e em várias regiões do país, ganhando inclusive menção honrosa no 29° Festival Mix Brasil (2021), o maior da diversidade na América Latina. Também gravou show para ser exibido como atração na I Jornada Decolonial Internacional (2022) que aconteceu na Alemanha e em outros países da Europa e nos estados do Pará e Maranhão, no Brasil.

SOBRE O LP NOVA ERA

O LP “Nova Era” foi gravado e masterizado em 2019,  prensado em pequena tiragem na Vinil Brasil, sob encomenda de Michel Placido, produtor cultural e advogado, residente em São Paulo (SP), que está lançando o selo independente LP-SP, e conheceu o trabalho do grupo pelas redes sociais. O trabalho conta com as faixas “Feminista e ponto” (Priscila Duque/Carol Pabiq Ananindeusa Afro-Ameríndia/Domínio Público) e “Eu venho de longe” (Renato Caranã), e com uma equipe técnica inteira que fez parte do trabalho de forma totalmente voluntária, sem receber qualquer valor de cachê tanto para os músicos quanto para toda equipe técnica. “É importante frisar que esse trabalho foi graças às mães de pessoas que acreditaram no trabalho, pra que a sociedade e o Estado, entendam o quanto que a nossa cultura pode tá gerando renda e estabilidade financeira pra quem vive dela”, ressalta Priscila Duque.

Para a Cobra Venenosa é uma honra lançar um vinil gravado totalmente com instrumental “pau & corda” (curimbós, maracas, banjo, sopros e efeitos orgânicos), já que o grupo se inspira no trabalho ancestral de Mestre Verequete, que foi o último a lançar um disco de vinil do carimbó de raiz “pau & corda”, no ano de 1994, chamado “A volta do carimbó”, pelo selo Gravodisco, tendo como faixa de abertura a música “O carimbó não morreu”, que foi uma das grandes referências para que o “Carimbó Cobra Venenosa” tivesse esse nome, trazendo além do nome de inspiração, também o demarcador estético-sonoro do “carimbó pau & corda” como música de valor ancestral e de potência contemporânea, numa verdadeira fusão entre a raiz e o hype, como movimento de salvaguarda deste bem que é titulado patrimônio cultural e imaterial brasileiro, a cultura do carimbó, mas também reinvenção do próprio ritmo, por jovens de Icoaraci, que fazem parte da nova geração do Carimbó paraense.

SERVIÇO

Carimbó do Pôr do Sol recebe Cobra Venenosa com o show “Nova Era”
Local: Restaurante Cultural Na Maré
Sexta , 09 de Setembro
A partir de 18h20
Bilheteria R$15

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