SAÚDE
Gravidade da apneia do sono pode estar ligada ao risco de micro-hemorragias cerebrais, alerta especialista
A apneia obstrutiva do sono, um dos distúrbios respiratórios mais comuns da atualidade, voltou ao centro das discussões científicas. Pesquisas recentes mostram que quadros moderados e graves podem aumentar o risco de micro-hemorragias cerebrais — pequenas lesões nos vasos do cérebro que, a longo prazo, podem interferir na cognição e elevar a probabilidade de eventos neurológicos.
O neurologista Dr. Antônio de Matos destaca a importância desse achado:
“A apneia do sono não é apenas um distúrbio respiratório. Cada queda de oxigênio e cada pico de pressão causado pelas pausas respiratórias pode gerar danos microscópicos nos vasos cerebrais. São alterações silenciosas, mas com impacto potencialmente significativo.”
Quem são as pessoas mais propensas a desenvolver apneia do sono?
A condição pode afetar qualquer indivíduo, mas alguns fatores aumentam o risco:
• Homens acima dos 40 anos
• Mulheres pós-menopausa
• Pessoas com sobrepeso ou obesidade
• Indivíduos com histórico familiar do distúrbio
• Pacientes com alterações anatômicas, como mandíbula pequena, amígdalas grandes ou pescoço largo
• Quem consome álcool ou sedativos com frequência
• Tabagistas
• Pacientes com doenças cardiovasculares, como hipertensão e arritmias
Sintomas que merecem atenção
A apneia costuma ser subdiagnosticada porque muitos sintomas aparecem durante o sono ou são atribuídos ao “cansaço do dia a dia”. Os mais comuns incluem:
• Ronco alto e frequente
• Pausas respiratórias observadas por terceiros
• Despertares noturnos com sufocamento
• Sonolência excessiva durante o dia
• Dores de cabeça matinais
• Fadiga constante
• Dificuldade de concentração e memória
• Irritabilidade ou alterações de humor
Esses sinais, associados ao risco de micro-hemorragias cerebrais, reforçam a necessidade de investigação clínica. “Quando tratamos a apneia do sono, estamos protegendo não só a qualidade do sono, mas também o cérebro. A prevenção de complicações neurológicas começa com o diagnóstico correto, ressalta Antônio de Matos.
Com informações da assessoria.




