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Mulheres no mercado de trabalho: avanços são significativos, mas os desafios ainda persistem

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De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), o Brasil registrou um recorde histórico de ocupação feminina, totalizando mais de 43.380.636 mulheres ativas no mercado de trabalho. Mas apesar dos avanços significativos, os desafios ainda permanecem, principalmente em relação à igualdade salarial.

Os setores com maior presença feminina incluem educação, saúde, serviços sociais e comércio, áreas que historicamente foram associadas ao papel tradicional da mulher na sociedade. Embora esses campos tenham proporcionado mais oportunidades para as mulheres ao longo do tempo, a persistência da segregação ocupacional continua a ser um desafio significativo. A presença feminina é ainda limitada em setores como engenharia, tecnologia e outras áreas de alta demanda, o que reflete uma resistência cultural e estrutural que impede a plena integração das mulheres nesses campos.

O advogado Kristofferson Andrade, do escritório Andrade e Côrtes, afirma que a desigualdade de gênero no mercado de trabalho ainda persiste, principalmente no acesso a cargos de liderança e na disparidade salarial. “Mesmo com a lei que determina a equiparação salarial entre homens e mulheres, muitas empresas ainda mantêm essa desigualdade na prática. Além disso, há desafios na proteção contra a discriminação no ambiente corporativo, apesar das garantias previstas na CLT, no artigo 373-A, que proíbe práticas discriminatórias na contratação e promoção profissional”, destaca.

Apesar dos avanços na legislação trabalhista, ainda há barreiras significativas para as mulheres no ambiente profissional, incluindo práticas abusivas que comprometem sua segurança e bem-estar. Criar condições justas e livres de assédio é um passo essencial para a verdadeira igualdade de gênero. “O combate ao assédio no trabalho, reforçado pela Lei 14.457, também é essencial para garantir um ambiente seguro e equitativo. Precisamos não apenas de leis, mas de maior fiscalização e de uma mudança estrutural nas empresas para que a igualdade de gênero seja realmente efetiva,” orienta o especialista.

Ainda de acordo com o advogado, para que a equidade de gênero no mercado de trabalho se torne uma realidade, é essencial que empresas, governos e a sociedade atuem de forma conjunta. “A implementação de políticas de inclusão, programas de capacitação para mulheres em áreas sub-representadas e o incentivo à liderança feminina são medidas fundamentais nesse processo. Além disso, a conscientização sobre os direitos trabalhistas e a importância da denúncia em casos de discriminação e assédio são passos decisivos para garantir um ambiente mais justo e igualitário para todas”, finaliza.

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