Relações comerciais entre Pará e o Texas (EUA) são discutidas em encontro na capital paraense

Uma rodada de negócios entre o estado americano do Texas e o Pará marcou o evento “The Circle”, que comemorou os 200 anos da relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, ontem (12), no Espaço São José Liberto, em Belém. O evento contou com a participação de empresários, lideranças políticas e governamentais, além de representantes de outros países, como República Dominicana, Equador e República do Congo, que também apresentaram oportunidades de negócios para futuras parcerias comerciais com o Pará.
O “The Circle” foi promovido pela Câmara Texana de Comércio no Brasil, SEDEME (Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia) e Federação das Câmaras de Comércio Exterior.

“Estou pela terceira vez no Pará e por mais informações que eu tenha buscado, a cada momento eu sou surpreendido com possibilidades de negócios novos aqui no Estado. O Pará ainda tem muitas possibilidades para aumentar parcerias econômicas com o Texas”, disse o presidente da Câmara Texana de Comércio no Brasil, Max Paul. O estado do Texas é considerado hoje a oitava economia do mundo, com PIB de mais de 2 trilhões de dólares. 25% das exportações que o Brasil negocia com a América é sai do Texas. Uma movimentação em dinheiro estimada em 16 milhões de dólares por ano. ” Hoje estamos trazendo ao Pará a tecnologia dos Polímetros, um formula americana de pavimentação que foi testada pelas Forças Armada. Ela poderá resolver boa parte do problema de logística e infra-estrutura de vias aqui na capital paraense que se prepara para Cop30″, disse Max Paul.

Outra oportunidade de negócio apresentada no evento foi uma companhia texana especializada no enfrentamento de incêndios, catástrofes e deslocamento de pessoas. “Isso deixaria o Pará na vanguarda nacional em relação a essas técnicas”, completou Max. O Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Paulo Bengston, apresentou as potencialidades do Pará, como a energia limpa, energia fotovoltaica, duas hidrelétricas, porto de Barcarena mais próximo da Europa, mineração riquíssima, segundo maior rebanho de boi do país e o primeiro de búfalo, indústria soja e a liderança no mercado do açaí. ” Tudo isso possibilita grandes oportunidades com o Texas e EUA com um todo. Nosso interesse é muito grande”, disse Bengston.

A Fapespa, Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas, também se mostrou disponível a ajudar no estreteinamento das relações econômicas entre o Pará e estado do Texas. A fundação criou o Perfil Econômico dos 144 municípios do Estado.

O empresário do Equador, José Rafael Barcia, foi um dos partipantes da Rodada de Negócios do “The Circle”. Para ele, que tem uma empresa de produtos cosméticos, a diversidades dos produtos amazônicos despertou o interesse de abrir uma unidade da empresa dele na capital paraense. ” Já estamos na fase dos estudos para implantação e confiantes de que o retorno será certo”, disse ele.

O açaí foi um dos destaques no evento promovido pela Câmara Texana de Comércio no Brasil. O empresário Nivaldo Uberlândio ,de Castanhal, que começou a trabalhar com o fruto aos 8 anos de idade, hoje exporta o o produto para 18 países. Ele também já trabalha com outras frutas, óleos e açaí em pó. ” Precisamos agora da identificação geográfica do nosso açaí. Eventos como esse ajudam a potencializar nossa economia, trazendo novos parceiros de negócios”, disse Nivaldo.

Um coquetel aos convidados do evento finalizou a celebração dos 200 anos da relações diplomáticas em Brasil e EUA em Belém.