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CULTURA

Oficina “Carimbó pra Encantaria” promove conexão ancestral e aborda mudanças climáticas na Vila da Barca, em Belém

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A segunda edição da oficina “Carimbó pra Encantaria – Musicalização com Maracás frente às Mudanças Climáticas” será realizada na Barca Literária, localizada na comunidade da Vila da Barca, bairro do Telégrafo, em Belém. Esta atividade integra um projeto cultural inovador que valoriza as tradições afro-brasileiras e indígenas, abordando questões contemporâneas como as mudanças climáticas e a justiça climática e social. 

A oficina será ministrada por Mestra Neya, referência no Carimbó, e Samara Cheetara, ambas comprometidas com a preservação das culturas amazônida e afroindígena. O foco da atividade será a transmissão de técnicas de musicalização, utilizando maracás e outros elementos da cultura popular para saudar os caboclos e encantados, figuras fundamentais da identidade amazônica. Jovens e adolescentes terão a oportunidade de aprender sobre a rica bagagem cultural da região, ao mesmo tempo em que discutem formas de enfrentamento das mudanças climáticas a partir de um repertório musical que conecta passado e presente.

O projeto “Carimbó pra Encantaria – O Futuro é Ancestral!”, iniciado por Mestra Neya e pelo Grupo de Carimbó Jangada Encantada, celebra os dez anos do Carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil e busca conectar a juventude negra e periférica à sua ancestralidade, promovendo educação socioambiental por meio da arte e da cultura. 

Mestra Neya relembra como as oficinas surgiram de forma espontânea em Icoaraci, e desde então, os encontros têm se expandido: “A gente fazia musicalização na feira do Paracuri, e as crianças apareciam. Foi assim que começou a ideia de repassar nosso conhecimento para a nova geração.” A oficina utiliza materiais reciclados, como latas, panelas e sementes, para promover uma aula de educação ambiental e reconexão com a ancestralidade, fortalecendo o compromisso com a sustentabilidade e a preservação da Amazônia.

Através da oralidade e da vivência do Carimbó, o projeto incentiva a preservação cultural e ambiental, empoderando jovens e mulheres da periferia de Belém, e reforçando a importância da cultura popular como instrumento de transformação social e ambiental.

Na primeira oficina do projeto

Na Escola Professor Francisco das Chagas de Azevedo Cacau em Icoaraci (PA), a primeira oficina foi sobre “Tecnologia Ancestral do Carimbó – Instrumentos musicais reciclados a partir do lixo urbano”. “Trabalhar com a recuperação de materiais que seriam descartados acaba se englobando dentro do que a gente chama de ecodesign”, diz o professor Dimi Lira. “Isso também é muito importante para o curso porque a gente também trabalha no design ecológico. A sonoplastia da dança e do canto do carimbó, além de outras contribuições, ajuda mais nossos alunos a adquirir o repertório criativo necessário no design para fazer proposições inovadoras e com carácter culturais.” 


A seleção da iniciativa para o Prêmio Culturas Populares e Tradicionais Mestre Lucindo, no Edital 08/2023 da Premiação Cultura Viva Sérgio Mamberti, destaca o impacto significativo das ações culturais e ancestrais promovidas pela Mestra Neya. Com mais de uma década de dedicação à preservação do Patrimônio Imaterial e da cultura dos povos de terreiro, “Neya das Maracas” como também é conhecida, tem sido uma figura  central na difusão do Carimbó e na educação sobre a identidade amazônida. 

A iniciativa de Mestra Neya, juntamente com o Grupo de Carimbó Jangada Encantada, é um testemunho do poder da cultura como meio de educação e empoderamento, reafirmando o compromisso com a valorização e a preservação das tradições afro-brasileiras e indígenas para as futuras gerações.

SERVIÇO 

2ª Oficina: Carimbó pra Encantaria – Musicalização com Maracas frente às mudanças climáticas. 

Local: Barca Literária  

Endereço: Passagem Praiana, n° 55B – Telégrafo, Belém – PA

Data: 30/Setembro/2024 (Segunda-feira) 

Horário: a partir das 19h

Público destinado: Jovens e Adolescentes  

FOTOS MESTRA NEYA: https://drive.google.com/drive/folders/1f1kfW35s9C2fF1q6HwsQh_lrO29dRROW?usp=sharing 

Para mais informações: 

  • Contato: (91) 981529672 Tainá Barral / Assessoria de Imprensa
    A Mestra Neya está disponível para entrevistas em dias pares. 
  • Produção: Samara Cheetara (91) 98374-9595
  • Instagram @jangadaencatada 

Sobre a Mestra Neya:

Mestra Neya é uma figura proeminente na preservação e promoção do Carimbó e das culturas tradicionais amazônidas. Com uma carreira dedicada ao ensino e à transmissão dos saberes ancestrais, Neya é reconhecida por seu trabalho em fortalecer a identidade cultural e promover a educação socioambiental.

Sobre o Grupo de Carimbó Jangada Encantada:

O Grupo de Carimbó Jangada Encantada é uma coletividade dedicada à prática e à celebração do Carimbó, preservando a riqueza cultural e musical das tradições afro-brasileiras e indígenas. O grupo é conhecido por suas apresentações vibrantes e por seu trabalho em promover a cultura amazônida nas comunidades e na educação formal.

Mestra Neya, com mais de 10 anos dedicados à preservação do Patrimônio Imaterial e da cultura dos povos de terreiro, desenvolve o projeto “Carimbó pra Encantaria – O Futuro é Ancestral”. Este projeto promove a cultura do Carimbó e a saudação aos caboclos e encantados da Amazônia, conectando a juventude negra e periférica, especialmente mulheres, com sua ancestralidade através da oralidade e práticas culturais. Desde 2011, Neya tem atuado na difusão do Carimbó e na valorização da mulher negra amazônida na produção artística. Ela fundou o Grupo de Carimbó Jangada Encantada em 2019, onde realiza atividades culturais de forma independente, sem apoio governamental, mas alinhado com políticas públicas como o Plano Nacional de Cultura e o Plano de Salvaguarda do Carimbó.

A iniciativa enfrenta desafios como a falta de inclusão do Carimbó nas escolas e a exclusão digital, mas promove a cultura por meio de oficinas, rodas de conversa e eventos como o Mangueio, que ajuda na sustentabilidade financeira do projeto. Além disso, Neya utiliza técnicas sustentáveis na construção de instrumentos musicais e promove a educação socioambiental, valorizando o protagonismo feminino e a conexão com a ancestralidade no Carimbó.–

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