Comando do 8º BEC em Santarém ainda permite barracas na área do quartel do Exército

As barracas montadas por golpistas bolsonaristas em frente ao quartel do 8º Batalhão de Engenharia e Construção (8º BEC), em Santarém, no oeste do Pará, ainda não foram desmontadas pelo comando da instituição militar no município, apesar da determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para a ‘desocupação e dissolução total’, em 24 horas, de acampamentos montados em áreas militares em todo o país.

Conforme registrou a reportagem do Portal OESTADONET, em Santarém, não há, até a publicação desta reportagem, nenhuma movimentação para a retirada das barracas mantidas pelos bolsonaristas em frente ao quartel do 8º BEC. No local mostrados pelas fotografias capturadas por volta de 09h00 desta segunda-feira, ainda há alguns golpistas resistindo à ordem do ministro do STF. 

O acampamento em frente ao quartel do 8º BEC foi montado após o início dos atos golpistas que resultou no bloqueio de rodovias federais em todo o após no dia 31 de outubro, após os resultados do segundo turno das eleições que terminou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No Pará, foram pelo menos 24 pontos de rodovias federais com interdição total. Na BR-163, os bolsonaristas desobstruíram a estrada após ordem da Justiça. Contudo, eles mantiveram os acampamentos em frente ao quartel do Exército em Santarém. 

Durante esse período, os golpistas têm se reunido, agora em menor número, insistindo no pedido de intervenção no país e cobrando das Forças Armadas para que liderem um golpe militar. 

Com os resultados catastróficos e extremistas deste domingo (8), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a imediata retirada de todos os acampamentos das áreas do Exército e determinou a prisão daqueles que resistirem à ordem judicial. 

O Portal ESTADONET solicitou, via email, um posicionamento do comandante da corporação em Santarém, sobre o cumprimento da ordem para desocupar a área da entrada do quartel na BR-163. A reportagem questionou ainda se esse acampamento foi autorizado pelo comando do Batalhão Rondon e se o comando está ciente da decisão do ministro Alexandre de Moraes para que, em 24 horas, todas as áreas do Exército, em todo o país, estejam livres da presença dos golpistas.