Belenenses contam com espaços aconchegantes para contemplar florada dos ipês até setembro

Com a reurbanização do primeiro trecho da avenida Rômulo Maiorana, no Marco, entregue no último dia 4 pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Urbanismo (Seurb), o lugar se tornou mais um espaço aconchegante para as pessoas perceberem e prestigiarem a natureza na cidade.

Agora as pessoas que moram ou passam por lá podem inclusive observar uma cidade mais colorida, bonita e poética, mesmo na área urbana. Todos os anos, a floração dos ipês rosa, branco e amarelo mudam a rotina da capital paraense desde julho até setembro.

Nesta semana, a Rômulo Maiorana, com destaque ao trecho entre as travessas Doutor Freitas e Lomas Valentina, está tomada por ipês amarelo. O cenário colorido é observado e elogiado por quem passa por lá de diversos modos: bicicleta, ônibus, carro, correndo e a pé.

“Está linda a queda dos ipês aqui. E ficou bem mais bonito, porque teve a reurbanização e destacou, ainda mais, os ipês. Estou até pensando voltar com minhas duas crianças para fazermos fotografias”, afirma a terapeuta ocupacional Camila Santos, 30 anos, que mora no bairro e fazia caminhada pelo lugar na manhã desta terça-feira, 24.

O vendedor de doces Argemiro Tavares, 53 anos, também contempla a queda dos ipês e elogia a reurbanização da avenida.

“É maravilhoso trabalhar aqui, porque está muito mais bonito que era antes, com a reforma ficou muito legal. Quando tem queda das flores, fica muito mais lindo. Tenho certeza que as vendas virão com tudo após as férias escolares”, confia Tavares, que trabalha no local há 12 anos.

Além de produtos inovadores e ambientalmente corretos, a avenida conta com o que há de novo em projetos urbanísticos no país como ampliação da quantidade de vagas de estacionamento normatizadas, ciclovias, passeio com piso tátil direcional para deficientes visuais, acessibilidade, equipamentos para os trabalhadores, pontos de táxis e bicicletários.

Flor do ipê é considerada um dos símbolos do Brasil

A floração dos ipês dura uma semana e ocorre em alguns pontos da cidade, em especial, nos canteiros e nas praças, e não somente no Marco, mas também nos bairros da Cidade Velha, São Brás, Souza e outros.

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), a cidade possui hoje cerca de 124 mil árvores pelos espaços públicos. Em torno de 15 mil são mangueiras. Em 2020, pelo menos dez mil eram ipês.

O ipê tem sua flor considerada símbolo do País. Por isso, a maior parte das cidades brasileiras o cultivam. Em Belém, desde a década de 90, os ipês já estavam plantados. Na avenida Almirante Barroso, no trecho que vai desde os bairros de São Brás, passando pelo Marco até o Souza, muitas das árvores que ficam no canteiro central da via também são ipês.

Na América existem mais de 800 espécies de ipês e a floração dos ipês ocorre na fase adulta da planta, entre dois e três anos de existência. Este período varia de acordo com as condições do solo e espécie da planta. A origem é da Mata Atlântica, cerrado e florestas densas, mas existem em todo o Brasil, pois se adaptaram clima da região.

Depois da fase de floração, entre julho e setembro, o ipê amarelo fica sem nenhuma folha e, em seguida, passa pela etapa de frutificação, entre outubro e novembro, depois as folhagens voltam ao normal. Essas características se diferenciam em relação aos ipês rosa.