CORRESPONDENTE MARABÁ | Mary Alexandra
Marabá será palco de uma Assembleia neste final de semana para discutir assuntos relacionados aos atingidos pela Guerrilha do Araguaia
Neste final de semana, mais precisamente no dia 04 de junho acontecerá em Marabá uma assembleia com a presença de advogados da região e uma advogada de Brasília, com a finalidade de discutirem situações relacionados a guerrilha do Araguaia.
Guerrilha do Araguaia
Foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970, atingindo vários grupos de pessoas moradoras na região, muitas dessas pessoas tiveram que sair de suas propriedades fugindo das ações cometidas por grupos que chegaram na região para implantar um regime vindo da china.
No próximo domingo pessoas que vivem em marabá e aquelas que passam pela cidade poderão acompanhar uma assembleia, onde estará presente três advogados que representa famílias perseguidas pela política da ditadura na região do Araguaia; Nossa equipe de reportagem entrou em contato com a advogada que também estará na assembleia e que também representa famílias, segundo a advogada “a assembleia está sendo chamada pela associação dos combatentes, camponeses e indígenas torturados do Araguaia- ACCITA, essa associação representa pessoas que passaram por perseguição política e ideológica e violência praticada pelo estado, especialmente no período da ditadura militar que aconteceu no nosso país”; Informou.
Antônio Adalberto Fonseca de 74 anos nascido no município de Marabá é uma dessas pessoas atingida pela guerrilha do Araguaia, ele viveu em áreas pertencentes na época ao município de Marabá, onde hoje é município de São Domingos do Araguaia, segundo seu Antônio depois que se alistou no ano de 1973 teve que se apresentar “fomos muitos para São João do Araguaia e fizemos a primeira inspeção na junta de serviço militar e fomos separados, ali já ficamos sabendo que nós já tínhamos que servir o exército, muitos inclusive eu ficamos empolgados, pensamos que iriamos dar uma vida melhor para nossas famílias”, mas a realidade foi bem mais diferente do que ele imaginava, seu Antônio estará também na assembleia neste final de semana, para relatar os fatos vividos por ele e mais outras pessoas que ele conhece.
A Lei da Anistia foi sancionada pelo presidente o general João Batista Figueiredo, em 28 de agosto de 1979, após intensas lutas da sociedade civil.
A assembleia onde irá reunir essas pessoas e mais os advogados será no dia 04 de junho, no núcleo cidade nova, na plenária do legislativo do município.
De Marabá Mary Alexandra correspondente do Jornal Correio Paraense.




