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Em três anos, Laboratório de Tecnologia Assistiva do Metropolitano já produziu mais de dois mil dispositivos

Em três anos, Laboratório de Tecnologia Assistiva do Metropolitano já produziu mais de dois mil dispositivos

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Foto: Reprodução | Fonte: Pró saúde

Em três anos de funcionamento, o projeto do Laboratório de Tecnologia Assistiva, conhecido como Labta, do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua e referência no tratamento de traumas de diversas complexidades, atingiu a marca de mais de dois mil dispositivos produzidos.

O projeto consiste na confecção de órteses e coxins, a partir de materiais de baixo custo, que auxiliam na mobilidade dos pacientes que sofreram acidentes, além de prevenir lesões, deformidades e promover funcionalidade no ambiente hospitalar.

Durante o período crítico da pandemia da Covid-19, a unidade produziu também máscaras faceshield, que foram utilizadas na unidade para proteger os profissionais na linha de frente do combate à doença.

“Dentro do Metropolitano, todas as equipes atuam para que os pacientes internados enfrentem seus diagnósticos da melhor maneira, sempre de forma humanizada. Esse projeto é motivo de orgulho para nós, pois auxilia na recuperação dos pacientes a partir do uso consciente dos recursos”, destaca a diretora Assistencial do HMUE, Josieli Ledi.

Dada a relevância do Laboratório no processo de inovação à frente da saúde pública no Estado, no mesmo ano da inauguração, o Ministério da Saúde concedeu ao Labta o Prêmio InovaSUS, na categoria Gestão Solidária.

Cuidado individualizado

Entender as necessidades específicas de cada paciente é o norteador do trabalho desenvolvido pela equipe de Terapia Ocupacional (TO) do Hospital Metropolitano, que integra o projeto do Labta.

Entre os milhares de casos, alguns emocionam a equipe, como um paciente que, após perder os movimentos dos dedos em consequência de uma grave lesão, conseguiu recuperar a autonomia das mãos graças a técnica desenvolvida pelos profissionais que atuam no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade.

O maior desejo do jovem, que atuava na igreja como músico, era retomar suas atividades musicais, mas, para isso, reaprender a movimentar os membros era fundamental. Pensando em devolver essa autonomia para o paciente, a equipe de TO desenvolveu uma palheta especial, que ficava presa às mãos, permitindo que ele tocasse, de forma adaptada, seu violão.

“Através da análise do que agiria positivamente para o paciente, pensamos em estratégias para favorecer esse desempenho. Ele tinha incapacidade no movimento dos dedos, por isso foi pensado o uso da palheta de modo adaptado, para substituir o dedilhado e a função de pinça entre o polegar e o indicador”, lembra Manuella Matos, terapeuta Ocupacional do Metropolitano.

“O resultado foi imediato. Além de melhorar fisicamente, com certeza, houve resultado positivo na autoestima desse paciente. Hoje ele provavelmente já voltou a desenvolver o que mais gostava em plenitude”, destaca a profissional.

Referência no tratamento de média e alta complexidades no Norte, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, unidade do Governo do Estado gerenciada pela Pró-Saúde, dispõe de 198 leitos nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria, cirurgia plástica exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras, além de leitos de UTI.

O HMUE recebe pacientes da Região Metropolitana de Belém, de diferentes municípios do Pará e de outros Estados. Só em 2021, realizou mais de meio milhão de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.

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