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SAÚDE

Gravidez requer cuidados específicos quando há diagnóstico de câncer de mama

Especialistas da rede pública de saúde orientam as gestantes, principalmente aquelas que têm histórico da doença na família

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Foto: SEAP / NCS | Fonte: Agência Brasil

Entre os problemas de saúde em gestantes que precisam de atenção ainda no pré-natal está a detecção do câncer de mama. Na rede estadual de saúde pública, a assistência a esses casos é oferecida pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e pelo Hospital Ophir Loyola (HOL), referência no tratamento oncológico em adultos.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 2,3 milhões de mulheres no planeta foram diagnosticadas com câncer de mama em 2020. No Brasil, os registros são de 66.280 casos. 

A ginecologista e obstetra da Santa Casa Claudia Coelho alerta sobre os cuidados e providências a serem tomados. “O tratamento de uma paciente gestante com câncer de mama comprovado é chamado de ‘pré-natal de risco habitual’. Ao ser identificado, a orientação é encaminhar esta paciente para o hospital de referência, o Ophir Loyola. É bem difícil identificar câncer de mama na gravidez. Se a grávida não tem um diagnóstico prévio, e caso seja assintomático, é ainda mais dificultoso”, explica a médica.

A mamografia não é indicada nesses casos, sendo necessários exames físicos minuciosos de mama e acompanhamento com mastologista. O tratamento requer precaução, para não oferecer riscos à mãe e ao bebê, e depende do tamanho e localização do tumor. Se a doença está disseminada, são levando em consideração tempo de gravidez, estado de saúde geral da paciente e preferências pessoais da paciente. 

Tratamento – “A cirurgia para o câncer de mama geralmente é segura durante a gravidez. A quimioterapia parece ser segura para o bebê se realizada quanto mais avançada a gravidez, mas não é tão segura no início. Outros tratamentos, como hormonioterapia, terapia alvo e radioterapia, são mais propensos a prejudicar o bebê, e geralmente não são realizados durante a gestação”, informa a especialista.

O acompanhamento é feito por equipe multidisciplinar, que inclui obstetra, oncologista, mastologista e psicólogo, fundamental ao apoio emocional necessário para lidar com o quadro. “Existem quimioterápicos que podem ser feitos na gestação e não causam malformações fetais. Porém, podem causar trabalho de parto prematuro. O diagnóstico é feito através de biópsia do nódulo suspeito, que pode ser feito na gestação”, acrescenta Cláudia Coelho.

Similaridade – Mastologista do HOL, Franciane Rocha explica que as alterações que ocorrem no corpo de uma mulher com câncer de mama na gravidez, ou não, são similares; é a massa palpável, normalmente o primeiro achado. “A vermelhidão da mama, o edema, a descarga capilar, aquela saída de líquido no mamilo, e as deformidades mamárias. Isso serve de alerta, lembrando que o câncer em gestação é aquele câncer que ocorre durante a gestação e o que ocorre um ano após o fim da gestação, um ano após o parto”, diz a médica.

De acordo com Franciane Rocha, mulheres que têm histórico de câncer de mama na família, especialmente em parentes de primeiro grau, principalmente mãe e irmã (em especial se a mãe ou irmã foi acometida estando na pré-menopausa), devem ficar alertas. O ideal, segundo a médica, é “a partir dos 35 anos elas já estarem em contato com um mastologista, para sempre avaliar mais precocemente qualquer alteração mamária. As orientações que damos às gestantes que descobrem a doença durante a gravidez é a seguinte: continuar o tratamento com seu obstetra”.

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