POLÍCIA
Polícias Civil e Militar atuaram em força-tarefa no Tapanã, para identificar os responsáveis por ato criminoso
Uma força-tarefa das Polícias Militar e Civil prendeu, na noite de quarta-feira (10), um suspeito de ter participado do ato intimidador feito por criminosos no bairro do Tapanã, em Belém. Desde cedo, de maneira conjunta, mais de 100 homens das corporações ocuparam a área, com o objetivo de identificar os responsáveis pelas mensagens com tom de ameaça escritas em paredes das casas de moradores e pelo roubo de câmeras de segurança de residências do bairro. Ao ser encaminhado à Delegacia do Tapanã, o acusado confessou ter participado da ação.
A pessoa, do sexo masculino, disse ter aceitado participar da ação para, com o valor do pagamento, ajudar a pagar uma dívida de R$ 3 mil. Ele responderá pelos crimes de pichação, ameaça, dano ao patrimônio e incitação ao crime. Além dele, outras pessoas foram conduzidas até a Delegacia, ouvidas e, em seguida, liberadas.
“Desde quando tomamos conhecimento do fato, demos início a ação de saturação, uma operação conjunta para ouvir testemunhas, suspeitos, realizando o trabalho de investigação para poder chegar a outros possíveis envolvidos. A ação incluiu também a retirada das pinturas feitas de forma criminosa. Foi uma ação para reforçar a garantia da permanência da segurança pública na área com pronta resposta à sociedade”, enfatizou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado.
Ao todo, mais de 100 agentes de segurança pública, entre policiais militares e civis, estiveram na área ao longo de toda a quarta-feira. Policiais civis, por meio da Delegacia de Combate à Facções, instauraram um inquérito para investigar o caso. Diligências continuam sendo feitas para identificar outros envolvidos e prendê-los. O trabalho permanece durante o turno da noite.
O delegado geral da PC, Walter Resende, explicou de que forma a pessoa que se apresentou confessou ter participado da ação. “Ele é envolvido no mundo das drogas, no tráfico e houve, de fato, a constatação da dívida que ele possuía com a confirmação de familiares que estavam sendo ameaçados por essa dívida, então deram essa missão para ele. Com o valor que receberia, iria reduzir mil reais na dívida que era de 3 mil. Ele se diz vítima, mas responderá pelo seu ato”, enfatizou Walter Resende.
A Polícia Militar permaneceu na área a fim de dar continuidade à ocupação e assim garantir a preservação da paz a todos os moradores. Segundo o comandante de Policiamento da Capital II, onde o bairro está localizado, coronel Sérgio Neves, as ações de combate ao crime são constantes e permanecerão ainda mais fortes para proporcionar paz aos moradores.
“Nas últimas semanas, nós realizamos três apreensões de drogas, prendemos três pessoas e, em uma dessas ocorrências, houve a apreensão também de uma arma. Hoje, trouxemos para a área o efetivo ordinário para reforçar o bairro do Tapanã com o Batalhão de Choque, Comando de Missões Especiais (CME) e permaneceremos até quando for preciso. A operação está instalada sem data para terminar”, ressaltou o comandante do CPC II.
Por Aline Saavedra (SEGUP)