PARÁ
Prefeitura de Marapanim informa que cidade já tem dez casos de reinfecção pelo novo coronavírus
A Prefeitura de Marapanim confirma dez casos de reinfecção pelo novo coronavírus. A cidade fica no nordeste do Pará, distante 155 km de Belém. A capital confirmou oito casos da variante brasileira nesta sexta (5).
Segundo o boletim epidemiológico de Marapanim, divulgado diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde, são 741 casos de Covid-19 e 25 óbitos até a última quinta (4).
O alerta sobre casos de pessoas que testaram positivo duas vezes para Covid-19 veio após pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Cruz) Amazônia, em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, detectarem caso de reinfecção pela variante brasileira em Manaus.
A variante brasileira do novo coronavírus já foi detectada no Pará. O anúncio foi feito pelo governador Helder Barbalho (MDB) no dia 29 de janeiro, informando sobre dois pacientes que tiveram Covid-19 em Santarém, no oeste do estado.
Antes disso, no dia 28 de janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) havia informado que não havia confirmação da nova variante, nem informou se havia casos suspeitos. A secretaria havia dito somente que 28 amostras foram coletadas para análise pela Fiocruz.
A Sespa também não confirma oficialmente que já há casos de reinfecção no estado. O G1 solicitou novas informações sobre o assunto e perguntou quais os protocolos nesses casos, mas ainda não havia obtido resposta até a publicação da reportagem.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Variante tem maior poder de contágio
Especialistas explicam que a nova cepa tem maior poder de contágio e requer tanto cuidado quanto o vírus original. “Surgiram três vírus diferentes, em locais diferentes no mundo. Na inglaterra, na Africa do Sul e aqui no Brasil, mais especificamente em Manaus – vírus com mutações muito semelhantes, o que conferiu a essas novas variantes a capacidade de ser mais transmissível”, explicou Rita Medeiros, médica infectologista.
“Reinfecção nem sempre está ligada à variante do novo coronavírus”, afirma.
“A gente sabe que a reinfecção pode acontecer em diversos cenários. O primeiro e o que nós esperávamos é que com o passar do tempo, a pessoa perca a sua imunidade e acabe se infectando não necessariamente por um vírus diferente. O que acontece agora é que com o surgimento de uma nova cepa, de novas linhagens, essas variantes podem facilitar, situações de novas infecções”, conclui.