PARÁ
Cerca de 3 mil passageiros vindos de Manaus devem chegar aos portos de Santarém até dia 15
A data de 15 de janeiro estabelecida pelos órgãos de vigilância em saúde de Santarém como limite para iniciar a adoção de restrições sanitárias a passageiros vindos de Manaus pode se tornar inócua. Enquanto isso, os casos positivos de Covid-19 vem aumentando, assim também como o atendimento a pacientes com sintomas gripais na Unidade Descentralizada na UMEI Paulo Freire.
Desde o final do ano passado, a capital amazonense é o epicentro de uma segunda onda de Covid-19, com centenas de mortos pela doença, o que levou a justiça a decretar a suspensão de atividades não essenciais por 15 um período de 15 dias.
Em Santarém, durante o pico da pandemia em março, abril e maio do ano passado, passageiros oriundos de Manaus, antes do desembarque, eram obrigados a se submeter a entrevistas e exames, para atestar se não eram portadores de sintomas gripais semelhantes aos da Covid-19.
Na época, o governador Hélder Barbalho determinou o fechamento da divisa com o Estado do Amazonas para impedir a entrada de embarcações procedentes de Manaus.
No dia 25 de março de 2020, o juiz da 6ª Vara Cível Empresarial de Santarém, Claytoney Passos Ferreira, deferiu liminar em Ação Civil Pública – ACP (0802377-87.2020.8.14.0051) movida pela Prefeitura de Santarém, em face da Companhia Docas do Pará – CDP, suspendendo imediatamente a “autorização para atracação de embarcações interestaduais e navios estrangeiros de passageiros, pelo prazo de 14 (catorze) dias.
Barreira sanitária
Na barreira sanitária instalada no porto da CDP, quem apresentasse estado febril, tosse e dor de cabeça era orientado a ficar em isolamento domiciliar. Os casos graves eram submetidos a teste rápido para Covid-19.
Mas essas barreiras foram suspensas por causa da queda dos casos positivos de Covid-19, em agosto de 2020, tanto em Manaus quanto em Santarém.
Desde o final de dezembro de 2020, em média, entre 2.500 a 3 mil passageiros chegam a Santarém, por semana, procedentes da capital amazonense, sem que até esta data tenham sido montadas barreiras sanitárias no porto da CDP e nas balsas de desembarque de lanchas, na orla da cidade.
A pedido do Portal OESTADONET, agentes de passagens estimam que a contar desta quinta-feira (7) até o dia 14, prazo anunciado pela secretaria municipal de saúde Marcela Tolentino, para que as barreiras já estejam funcionando para avaliar as condições de quem desembarca vindo de Manaus, cerca de 3 mil pessoas vão chegar a Santarém em barcos, navios, ferrybot e lanchas.
A capacidade de cada uma das 10 embarcações que fazem a linha Manaus-Santarém varia de 300 a 1 mil passageiros. Essa lotação acaba reduzida até chegar ao municipios por causa do desembarque em portos intermediários do Amazonas e Pará, em cerca de 30 por cento.
No final da tarde desta quinta-feira, por exemplo, é esperado o navio Rondônia. Na sexta-feira é a vez do Ana Beatriz. No sábado estão previstas as chegadas do ferrybot São Bartolomeu IV e o navio Golfinho do Mar. No domingo será a vez do ferrybot São Bartolomeu III.
Na segunda-feira (11) não desembarque procedente de Manaus.
Para terça-feira(12) é dia de chegada do navio Ana Karolina 2, na quarta-feira (13) o ferrybot São Bartolomeu V e o barco Fred William. Dia 14 está prevista a chegada do navio Amazon Star.
Nesse período de uma semana haverá ainda a chegada de 3 lanchas rápidas com passageiros provenientes de Manaus.