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Wanderley Andrade vira manchete por show feito em garimpo ilegal e se pronuncia
O cantor de brega Wanderley Andrade, usou suas redes sociais na tarde desta terça-feira (29), para divulgar uma nota de esclarecimento após ter nome envolvido em manchetes que repercutiram recentemente.
De acordo com matérias produzidas e divulgadas por portais regionais, o cantor teria feito um show em uma região de garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, no dia 4 de dezembro.
Para corroborar tais informações, utilizou-se alguns trechos de vídeoselfies postado pelo artista nas redes sociais. Neles, Wanderley teria exibido alguns barracos construídos de lona no garimpo conhecido como “Prainha”, e também um avião monomotor ligado, em uma pista clandestina.
“Se você é careta fique logo ligado, estou no garimpo, na ‘Prainha’. Vou mostrar meu apartamento […] e ali é o rio. Rio que também tem muito ouro”, dizia enquanto filmava.
Em entrevista concedida ao G1, o presidente Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuanna de Roraima (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, que acompanha os conflitos na região, analisou as imagens compartilhadas por Wanderley e classificou o ato como um “descaso”.
Sobre o desenrolar do conteúdo descrito nas matérias, o artista afirmou que lhe causou surpresa e perplexidade a forma como foi interpretado e, em nenhum momento fez parte de sua intenção, causar o que chamou de ‘histeria’.
Ainda assim, Wanderley destaca que, quando contratado, sobretudo para realizar shows na região amazônica, não procura saber se o local é área de garimpo legal ou ilegal.
Veja nota na íntegra
No último dia 04/12 (sexta-feira) fui contratado para fazer um show em um Garimpo no estado de Roraima, que segundo dizem está dentro de uma Reserva Indígena dos Yanomamis e é irregular. Quando da minha volta para a cidade, fiz uma postagem em minhas redes sociais já no 27/12 (domingo) momentos antes da decolagem, sem nenhuma intenção de provocar histeria em quem quer que seja, apenas para citar o quanto é difícil e perigoso o transporte aéreo para aquela região.
Me causou perplexidade a forma como alguns veículos de imprensa on-line interpretaram minha postagem, ao escreverem em suas matérias que o cantor “Wanderley Andrade” faz show em Garimpo irregular em terras indígenas.
Gostaria de esclarecer ao público e meus fãs que admiram o meu trabalho: Primeiro, que não é minha obrigação quando me contratam para shows (em Garimpos) procurar saber se o Garimpo é legal ou ilegal, como dizem nas matérias on-line; Segundo, fui contratado para fazer um show artístico e proporcionar lazer e entretenimento através das minhas canções para as pessoas que ali trabalham; Terceiro, nem eu e muito menos minhas canções não causamos degradação ao meio ambiente naquele local;
Quarto, todo artista que se preza vai onde o povo está, independente do local, e se tem uma coisa que eu não escolho é lugar para cantar e graças a Deus sempre fui muito bem recebido nos lugares mais remotos do Brasil, onde é preciso muitas vezes se ter coragem para enfrentar os desafios de uma viagem que se transformam em verdades aventuras, pois respeito a quem valoriza o meu trabalho;
Quinto, infelizmente a pandemia do Covid-19 continua circulando entre nós, principalmente nos grandes centros, razão pela qual voltou a haver restrições para a realização de shows, eventos e similares com grandes aglomerações de público, e nós artistas mais uma vez estamos impossibilitados de fazermos shows em várias cidades de muitos estados, e com isso impossibilitados de cumprirmos com os nossos compromissos, sem contarmos que existem pessoas que também dependem do nosso trabalho, que são os nossos colaboradores e músicos que nos acompanham;
Sexto, não vejo motivos para a dimensão dessas exacerbadas críticas da qual fui alvo, ou será apenas pelo fato de ter sido o “Wanderley Andrade”, para tamanha repercussão?; Sétimo, finalizo esclarecendo que outros artistas e Dj’s também realizam shows em Garimpos Brasil a fora e nem por isso são criticados, e dizer que jamais iriei renunciar um contrato seja ele onde for, em razão da opinião dos pseudos defensores do meio ambiente’, finaliza.