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SAÚDE

Câncer de pulmão já afetou mais de 50 paraenses no primeiro semestre deste ano

Campanha nacional alerta que fumar tem destaque no agravamento da pandemia de covid-19

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Foto: Reprodução / Fonte: Agencia Brasil

O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns e sua incidência cresce 2% ao ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Em tempos de pandemia, fumantes parecem estar mais vulneráveis à infecção pelo novo coronavírus. O tema é levantado na campanha nacional do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado hoje, 29.

Pesquisas mostram a contribuição do tabagismo para os casos de hipertensão, diabetes e cardiopatias, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, acidentes vasculares cerebrais e câncer de pulmão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), em 2019, o Pará registrou 146 casos. Este ano, até o mês de julho, foram 57 casos registrados no Estado. Os dados foram coletados pelo Painel de Oncologia, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Ao longo dos anos, o registro de casos aumentou. Foram 79 casos em 2017; 161 casos em 2018; 144 casos em 2019 e, neste ano, até julho, 57 casos, dizem os dados do Painel de Oncologia.

O tabagismo também é considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “A epidemia global do tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano por doenças crônicas não transmissíveis relacionadas ao seu consumo, das quais cerca de 1,2 milhão ocorre em não fumantes que morrem exatamente de doenças relacionadas ao tabagismo passivo”, explicou a diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho.

“Quase 80%, mais de 1 bilhão de fumantes em todo mundo, vivem em países de baixa e média renda, onde o peso da doença e mortes relacionadas ao tabaco é ainda maior”,  completou.

Sensibilização nacional

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, a data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.

Números

O representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) Diogo Alves afirmou que ainda há no mundo mais de 1,3 bilhão de pessoas que fazem uso contínuo do tabaco. “Só no Brasil são mais de 22 milhões de pessoas. É um impacto muito forte não só para a saúde, mas também econômico”, afirmou.

“Temos hoje 40 milhões de usuários de tabaco na faixa etária entre 13 a 15 anos, que são, justamente, o alvo da indústria do tabaco. Por essa e outras questões é tão importante ter esse dia [Nacional de Combate ao Fumo] para trazer a conscientização para toda a população”, alertou Alves.

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